O diploma vai ser entregue pelo embaixador de Portugal em Cabo Verde, Paulo Lourenço, ao presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, num ato que vai contar com a presença do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro cabo-verdiano, Lourenço Lopes.
Em 10 de dezembro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, atribuiu a Ordem da Liberdade a Amílcar Cabral (1924-1973), num ato em que Universidade do Mindelo, em São Vicente, também outorgou Cabral com o grau de Doutor Honoris Causa.
“Apesar de ter sido um pioneiro, e de entre os pioneiros porventura o mais conhecido a nível universal por aquilo que era, por aquilo que simbolizava, por aquilo que simboliza hoje e simbolizará amanhã: O ‘homem grande’ Amílcar Cabral”, disse na altura o chefe de Estado português, ao anunciar a entrega à família do Grande Colar da Ordem da Liberdade “em nome de Portugal”.
A cerimónia marcou igualmente o 20.º aniversário da Universidade do Mindelo e antecedeu os 50 anos da morte de Amílcar Cabral (2023) e o centenário do seu nascimento, que vai ter o seu ponto alto em 12 de setembro de 2024, tendo já sido realizadas várias atividades no país e outras estão previstas.
Fundador do então Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que em Cabo Verde deu lugar ao Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), e líder dos movimentos independentistas nos dois países, Amílcar Cabral nasceu em 12 de setembro de 1924 e foi assassinado em 20 de janeiro de 1973, em Conacri, aos 49 anos.
Filho de Juvenal Cabral e Iva Pinhel Évora, o líder histórico nasceu na Guiné-Bissau e partiu com oito anos, acompanhando a sua família, para Cabo Verde, onde viveu parte da infância e adolescência, antes de se licenciar em Agronomia, em Portugal, em 1950.
Ideólogo das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, foi considerado em 2020 o segundo maior líder mundial de todos os tempos, numa lista elaborada por historiadores para a BBC e com a votação dos leitores.
A lista é da “BBC World Histories Magazine” e foi feita por historiadores, que nomearam aquele que consideraram o maior líder, alguém que exerceu poder e teve um impacto positivo na humanidade.
A Semana com Lusa