Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas à margem da cerimónia de encerramento do projecto Reflor-CV, quando foi instado a pronunciar-se sobre o assunto muito criticado, sobretudo, pelos partidos da oposição.
Ulisses Correia e Silva explicou que a concessão dos aeroportos esteve no programa do Governo desde 2016, pelo que considera que não foi surpresa para ninguém.
“O Governo sempre disse que iria proceder à concessão dos aeroportos e que iríamos escolher um parceiro de referência internacional que possa agregar valor não só em termos de investimentos, mas em termos de mercado, da viabilização e operacionalização do conceito de ‘hub’ do Sal”, disse
“Nós acabamos por fazer uma boa escolha. A Vinci é uma empresa de referência mundial, das cinco melhores do mundo em gestão aeroportuária, que nos garante que temos uma boa solução”, acrescentou
O Chefe do Governo sublinhou que o processo esteve em preparação com assistência técnica especializada quer a nível dos contratos, quer a nível da gestão de conhecimento do sector e declarou confiantes de que “é uma boa parceria” para trazer alterações substanciais no mercado de transportes aéreo cabo-verdiano e sua conexão com o turismo.
Questionado sobre o modelo de adjudicação directa, Ulisses Correia e Silva disse que em primeiro lugar a mesma está na lei e que foi uma opção do Governo.
“Perante um investidor de referência mundial que nos dá todas as garantias preferimos essa adjudicação directa. Houve outros interessados, mas que não estão à altura. O que interessa aqui primeiro é que a lei permite fazer, segundo é uma opção do Governo e uma boa opção que terá resultados seguramente”, sustentou.
O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, disse na passada sexta-feira, 06, que Cabo Verde vai receber, até ao primeiro trimestre de 2025, 80 milhões de euros com a adjudicação da concessão do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil ao grupo Vinci Airports.
O Governo decidiu atribuir a concessão do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil nos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos ao grupo Vinci Airports.
Conforme o ministro, após 40 anos de concessão todas as infra-estruturas colocadas à disposição do grupo Vinci Airports irão voltar para o Estado de Cabo Verde. A Semana com Inforpress