A repreensão do chefe de Estado nigeriano aos governadores, para que "protejam as escolas em vez de pagar resgates", surge dois dias depois de terem sido devolvidas as duzentas e setenta e nove alunas raptadas, na passada sexta-feira numa escola de Zamfara, no noroeste da Nigéria, por alegados terroristas do Boko Haram.
Estão de volta a casa sãs e salvas as 279 alunas raptadas, mas dois dias depois as autoridades continuam a escusar-se a avançar detalhes sobre a sua libertação, tal como no rapto dos alunos em dezembro, em que houve pronta resolução.
A suspeita de que têm vindo a ser pagos resgates — algo que começou a ser ventilado depois da rápida libertação dos trezentos alunos raptados — ganhou mais força esta semana, com a libertação das alunas de Zamfara.
A crítica do chefe de Estado nigeriano aos governadores pode ser a resposta à pergunta sobre se houve "contrapartidas governamentais", neste caso ilibando o governo da República e apontando os governos estaduais.
Fonte: BBC/Twitter. Relacionado: Nigéria: Libertadas 279 alunas raptadas por terroristas Boko Haram, 03.mar.021; Nigéria: Libertados 344 alunos raptados — Ignora-se se por terroristas Boko Haram, 18.dez.020. Foto (BBC): Humaira Mustapha chora as duas filhas raptadas na escola de Zamfara. Ao contrário das 112 meninas de Chibok (cujo paradeiro é desconhecido, desde que um total de 274 foram raptadas em 2014), as duas filhas de Zumaira voltaram sãs e salvas a casa, num final feliz.