Segundo escreve Inforpress, em declarações , o ex-militante da UCID disse que há cerca de duas semanas entregou a sua decisão de se desvincular do partido democrata cristão e que a direção já acusou a recepção da sua carta.
Instado se não houve tentativa de o demover das suas intenções, respondeu nesses termos: “Não, nunca quiseram saber nem de mim nem de outros militantes. Mesmo que quisessem, a minha decisão era irreversível. Não há espaço para mim”, reiterou Henrique Veiga.
“Uma das razões que me fizeram desligar do partido tem a ver com as sucessivas fraudes eleitorais internas, e as últimas eleições para a escolha do novo presidente são prova disto”, comentou Henrique Veiga, apontando ainda outros motivos, nomeadamente “a sede e a direção do partido permanente em São Vicente”.
Para Veiga, segundo a mesma fonte, neste momento, nota-se uma “distorção da matriz ideológica do partido”, apontando o exemplo de uma deputada da UCID se ter manifestado contra o ensino da religião e moral nas escolas.
Quanto à possibilidade de militar em outras forças políticas em Cabo Verde, afirmou que esta hipóteses “está fora de questão”.
Reconhece, entretanto, que, politicamente, é do centro e que, doravante, vai dedicar-se de “corpo e alma” à advocacia, sua profissão, e esquecer-se um pouco das questões partidárias.