“A música deu o mote. Quando senti e pensei o encontro entre a Orquestra Gulbenkian e mim, não estava apenas a querer realizar uma epopeia estética e pioneira. Impelia-me a partilha luminosa, encontros, desejos de harmonia, intercâmbios e abraços”, refere o músico, citado num comunicado da produtora Insulada.
Segundo escreve Inforpress, Mário Lúcio diz ter escolhido esta via porque dividir o palco é “multiplicar afectos”, pois, sintetizou, atualmente, sentir a música de Cabo Verde sendo abraçada por todo um mar de instrumentos, um arquipélago de timbres e de saberes outros, é ter “dois mundos irmanados num abraço”.
Constam do repertório do concerto, temas de Mário Lúcio, e de referências que o próprio escolheu.
Assim, conforme a mesma fonte, Mário Lúcio e o Coro e Orquestra da Gulbenkian farão com que a música orquestral e a música de Cabo Verde se “fundam e façam nascer” momento musical original, que pode ser de excelência e de enorme relevo para a música cabo-verdiana mundo a fora.
Os arranjos recaíram sobre a franco-boliviana Élodie Bouny, guitarrista e compositora, com a “sensibilidade feminina, de mãe, para ouvir e escutar a alma da Morna” – conforme refere Mário Lúcio.
Em contraponto, o ilhéu e crioulo Miguel Nuñez, pianista cubano, arranjou as composições do autor mais modernas e a direção será do maestro Rui Pinheiro, cita Inforpress.
O evento conta com os patrocínios da Fundação Calouste Gulbenkian, a União Europeia com o apoio do Secretariado da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) Africa Ocidental, AWA.