“A este respeito e dado que há posições diversas, contrárias e favoráveis, a Igreja pretende agir com prudência e seriedade, sendo responsável pela preservação da doutrina da fé”, lê-se no documento a que a Inforpress teve acesso e que acrescenta que antes de se pronunciar sobre algum fenómeno extraordinário, a Igreja considera que “é seu dever examinar o caso criteriosamente pois (…) muitos fenómenos que nos parecem estranhos ou miraculosos são explicados pela ciência”.
“Precisamos verificar se há sinceridade nos relatos, se não há interesse em tirar proveito próprio ou se colocar no centro das atenções, evitar a exploração das emoções com objectivos comerciais ou outros interesses”, diz o comunicado da Diocese do Mindelo, adiantando que “qualquer manifestação divina autêntica visa a edificação do Povo de Deus”.
Com este posicionamento, a Diocese pretende dar um esclarecimento e pedir o recto posicionamento dos fiéis sobre o assunto, tendo em conta que “tem havido uma grande afluência de pessoas à capela de Lombinho para constatarem a veracidade do fenómeno”.
No comunicado a Diocese, citado pela Inforpress, diz ainda que “muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho”, admitindo que este caso poderá configurar um caso de comunicação de Deus com os homens porque “Ele se manifesta”, mas prefere esperar para ter a resposta da ciência antes de declarar a manifestação divina neste caso.