Os operadores turísticos confirmam ao A Semana que as unidades de alojamento estão já “preenchidas” com reservas e hóspedes para o período das festividades de São João, que têm o seu ponto alto nos dias 22, 23 e 24 de junho, altura em que Porto Novo conhece uma movimentação fora do habitual.
A disponibilidade de alojamento é assegurada por um hotel de quatro estrelas e algumas residenciais, cuja oferta fica aquém da procura por altura das festas de São João, consideradas uma das maiores festas populares de Cabo Verde.
Antes da pandemia da Covid-19, estas festas, que se celebram a 24 de junho, traziam a Porto Novo uma média de cinco mil pessoas para a peregrinação, o desfile dos grupos de romaria, e para os bailes populares e outros eventos que habitualmente constam do programa das festividades.
Os responsáveis municipais destacam o impacto que estas festas têm na economia local e de toda a ilha de Santo Antão desde 2017, ano em que foram elevadas ao estatuto de património imaterial nacional, sobretudo “pelo dinamismo que trazem aos sectores dos transportes, da restauração e do alojamento”.
“Na restauração, naturalmente, o impacto é grande, assim como no alojamento. Por exemplo, para o período entre 20 e 25, praticamente, já não há espaços de alojamento livres em Porto Novo”, explica a organização, a cargo da edilidade porto-novense.
Chega-se a recorrer à residência estudantil, à pausada da juventude e a outros espaços não tradicionais para acolher os que visitam o concelho por essa altura. Há também casos em que as pessoas ficam alojadas no interior do concelho (Ribeira das Patas) ou nos concelhos do Paul e da Ribeira Grande.
Neste período os transportes marítimos, os navios chegam a triplicar o número de viagens diárias São Vicente/Porto Novo/São Vicente. Um aumento que acaba por ter reflexo positivo nos transportes terrestres com o aumento de viagens dentro e para lá do concelho do Porto Novo.