"O salário mínimo vai passar de 30 para 50 mil francos cfa (cerca de 76 euros)", afirmou o primeiro-ministro à Lusa, depois de ter feito o recenseamento eleitoral. Este governante garantiu ainda, que os vários escalões da estrutura salarial também serão aumentados.
"Tomámos uma decisão muito importante, que foi para as chefias dos diferentes serviços do Estado a consolidação do salário com aquilo que designávamos de subsídio de representação. Esta medida, não só permite um salário mais consistente para o cálculo de pensões, como possibilita os quadros da função pública com o mesmo nível, terem a mesma base salarial", explica.
Para Aristides Gomes, que também acumula a pasta de ministro das Finanças, foi uma decisão de justiça, mas também de valorização dos rendimentos salariais na Guiné-Bissau. “Era uma reforma que era indispensável", salientou.
Recorde-se, que a decisão do Governo responde às reivindicações da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTC), maior central sindical do país, que tem realizado várias greves a exigir o reajuste salarial acordado em 2017 com o Governo liderado pelo antigo primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló.