Na ocasião, Ulisses Correia e Silva garantira que o País está a conhecer progressos, não obstante as dificuldades e um contexto mundial de incertezas, e que a economia continuará a crescer em 2023, com uma previsão “conservadora” de 4,8 por cento (%).
No entanto, hoje, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para reagir ao comunicado, Rui Semedo disse que o primeiro-ministro apresenta um País que apenas existe na sua cabeça, distante do povo e desfocado da realidade.
“Já é tempo do senhor primeiro-ministro entender que a propaganda não leva a panela ao lume e que não resolve os problemas dos cabo-verdianos”, advertiu Rui Semedo, considerando que o balanço dos sete anos, ” que estão a revelar-se e longos”, ficou por fazer.
“Fala dos dois últimos anos ignorando que já está há sete anos e tem uma conta para prestar por aquilo que prometeu e que até transformou em compromissos”, esclareceu
Para o líder da oposição, há uma “fuga de responsabilidade” para com compromissos, “considerados emblemáticos por Ulisses Correia e Silva”, tais como os prometidos 45 mil postos de trabalhos, empregos qualificados, tolerância zero a criminalidade, sistema de transporte regular, um Governo enxuto e dívida pública baixa.
“Fugindo a todos esses compromissos vem contemplar-nos com a sua conta criativa para nos convencer que andámos a crescer numa média de 12%”, acusou Rui Semedo, acrescentando que o Governo, “quando lhe convém” tem se escudado atrás das crises para fazer as suas contas.
“Toda essa conversa de crescimento só pode fazer parte da basofaria crioula, quando diz que está cheio de dinheiro (…) porque se se fazer a média dos últimos anos o crescimento é de apenas 1%”, apontou.
Entretanto, para o presidente do PAICV o balanço dos últimos dois anos de governação é de “tempo e oportunidades perdidas, de grandes sacrifícios para as populações e do adiar do País”. A Semana com Infrpress