Há-de notar que o senhor no vocativo é um termo de cortesia. Só a cortesia me manda utilizar o "senhor" deste título para me dirigir em carta-aberta ao indivíduo que se atreveu a qualificar de maneira tão cruel, abjeta e também infantilóide, os países de África.
Começo por apresentar alguns dados, consultáveis online, sobre o meu país africano, Cabo Verde, que em 2010, segundo o Censo ( American Community Survey), registava além de várias dezenas de milhares emigrantes mais recentes, 95 003 descendentes de Caboverdianos. Entre eles, Horace Silver. Sobre a razão para o destacar, vou expor a seguir:
O senhor é apontado por vários estudiosos — desde politólogos a analistas de comunicação — como um político da improvisação, que busca inspiração para este seu estilo a uma das caraterísticas atribuídas à arte musical que é o Jazz.
É pelo jazzista Horace Silver, pois, que começo para mostrar-lhe o que Cabo Verde, país de África deu aos Estados Unidos.
Horace Silver, nascido em 1928 no Conneticut, consta na história do seu país como um descendente de emigrantes idos de Cabo Verde.
O nome de Horace Silver como pianista e compositor está indelevelmente inscrito na História desse grande país, Estados Unidos da América. Honra seja feita ao Horace Silver e a essa América que deu a oportunidade aos pais deles. Uma América honrada, que se envergonhará dos qualificativos acima referidos. Que decerto estará a perguntar-se: porque é que não usam sabão de potassa para lavar a boca a este indivíduo?
(A continuar)